Dúvidas e Informações

Tipos de perda auditiva

Existem vários tipos de perda auditiva, sendo que cada uma delas podem ter diferentes condutas de tratamento, considerando também a individualidade de cada paciente.

Ocorre quando existe uma lesão de células ciliadas da orelha interna (lesão na cóclea), ou lesão no nervo auditivo devido à idade, exposição a níveis de pressão sonora elevados, reação a drogas ototóxicas, traumatismos, fatores genéticos, entre outros casos.

A perda neurossensorial mais comum é a de exposição gradual e progressiva do ruído, durante vários anos e o desgaste natural pela idade.

Perda auditiva neurossensorial causada por longos períodos de exposição a sons muito intensos, como shows, baladas, volume excessivo,  players de música, entre outros.

Este tipo de perda pode ser causada também por níveis de pressão sonora elevados relacionados à música. Para evitar este tipo de perda, acesse a seção de produtos e veja os diferentes tipos de protetores auditivos e de monitores in-ear, que temos disponíveis especializados para músico.

Quando existem problemas na condução do som. O som não consegue chegar na mesma intensidade na orelha interna perdendo energia no caminho. Estes problemas são passíveis de tratamento médico ou cirúrgico.

Grau leve – Perda auditiva entre 26 e 40 dB. Dificuldade com fala fraca ou distante.
Grau moderado – Perda auditiva entre 41 e 55 dB. Dificuldade com fala em nível de conversação.
Grau moderadamente severo – Perda Auditiva entre 56 e 70dB. A fala deve ser forte; dificuldade para conversação em grupo.
Grau severo – Perda auditiva entre 71 e 90 dB. Dificuldade com fala intensa; entende somente fala amplificada.
Grau profundo – Perda auditiva igual ou superior a 91 dB. Pode não entender nem fala amplificada. Depende da leitura oro-facial.

Conheça o seu ouvido

Consiste da parte externa da orelha, também chamada aurícula, e do canal auditivo externo. O que chamamos de “ruídos” são, na verdade, apenas “ondas sonoras”, transmitidas pelo ar. As ondas sonoras são coletadas pela aurícula e transportadas através do canal auditivo externo até o tímpano. O tímpano é uma membrana circular que vibra quando tocada pelo som.

É um espaço preenchido por ar que vai da orelha média até o tímpano, ou membrana timpânica. Na orelha média existem três pequenos ossos: martelo, bigorna e estribo. Eles são comumente conhecidos como ossículos e formam uma ponte entre o tímpano e a orelha interna. Os ossículos também vibram em resposta aos movimentos do tímpano e, assim, amplificam e encaminham o som à orelha interna através da janela oval.

Conhecida como cóclea, é similar a uma concha de caracol. Ela contém inúmeras membranas repletas de fluídos. Quando os ossículos conduzem o som à janela oval, os fluídos começam a se mover, estimulando as pequenas células nervosas, chamadas células ciliadas, dentro da cóclea. Essas células ciliadas enviam impulsos elétricos através do nervo auditivo ao cérebro, aonde eles serão interpretados como som.

Audiograma

Os resultados do exame de audiometria são inseridos e ilustrados num tipo de gráfico, chamado AUDIOGRAMA (imagem acima).

O Audiograma irá nos fornecer a leitura do nível de audição e tipo de perda auditiva da pessoa, levando em consideração qual é o nível mínimo audível (limiar auditivo) que a pessoa escuta e, em qual frequência (graves, médias ou agudas).

No Audiograma ilustrado, pode-se observar que do lado esquerdo estão as frequências graves (mais grossas; 250Hz, 500Hz), no meio estão as frequências médias (1000Hz, 2000Hz, 3000Hz) e do lado direito as frequências agudas (finas; 4000Hz, 6000Hz e 8000Hz). Para cada tipo de som, existe um nível mínimo de audição, que é medido em Decibel (dB).

Para uma audição ser considerada dentro de um padrão de limiares auditivos normais, é necessário que esteja ouvindo todos os sons (graves, médios e agudos) num nível mínimo de 25dB em todas essas frequências para o adulto. No caso das crianças, o nível mínimo é de 15dB.

Quando traçamos a curva audiométrica mediante o resultado da audiometria, todos os sons que estão abaixo da curva, podem ser percebidos pelo indivíduo, porém todos os sons que estiverem acima da curva, não serão ouvidos. É exatamente nessa região (acima do gráfico audiométrico) que está concentrada a perda auditiva da pessoa, consequentemente todos os sons que estão aí concentrados e ilustrados neste audiograma não serão “ouvidos”.

Os círculos em vermelho representam o ouvido direito e os “x” em azul representam o ouvido esquerdo. No exemplo dado, as frequências graves estão dentro dos limiares de normalidade e as frequências agudas estão alteradas. Nesse caso, provavelmente, o indivíduo quando ouve a palavra “seis”, muitas vezes, entende “três”, ou ainda, quando ouve “sessenta”, entende “setenta”. Os fonemas que são trocados neste exemplo são /s/, /t/.

Próteses Auditivas

Esta é uma das queixas mais comuns, principalmente em idosos. Quando se tem uma perda auditiva, não significa que você não escuta nada. Existem vários graus e tipos de perda auditiva. A fala é composta por vários sons, que são fonemas, alguns concentrados na faixa de frequência mais baixa (grave – sons mais grossos), e outros na faixa de frequência mais alta (aguda – sons mais finos). Os sons finos são os principais responsáveis pela compreensão de fala. Existem algumas perdas auditivas que estão concentradas somente na faixa de frequência aguda, restando a faixa de frequência grave preservada. O paciente que tem este tipo de perda auditiva percebe que as pessoas estão falando, devido à preservação da faixa de frequência grave, porém não entende o que está sendo dito, devido a lesão da faixa de frequência aguda.


Exemplos: a pessoa fala seis e você entende três, fala sessenta e você entende setenta. Nestes exemplos, os fonemas trocados “s” por “t”, são fonemas extremamente finos, concentrados na faixa de frequência aguda de 4000Hz a 6000Hz.
Mesmo para este tipo de perda auditiva parcial, existe possibilidade de adaptação de próteses auditivas específicas para este tipo de problema.

Primeiramente você deve procurar um médico otorrinolaringologista para saber se o seu caso tem tratamento cirúrgico ou medicamentoso. Geralmente, perdas auditivas condutivas são mais passíveis de algum tratamento médico. Já as perdas neurosensoriais tem uma indicação maior para próteses auditivas.
Para saber qual tipo de perda auditiva você tem, será necessário realizar uma avaliação audiológica, que é composta de audiometria tonal limiar, logoaudiometria e imitanciometria. Em alguns casos, esta avaliação pode ser complementada por outros exames, caso haja necessidade.

Após a indicação médica do uso de prótese auditivas, poderemos então realizar a testagem dos diversos modelos disponíveis no mercado para o seu caso.

Na primeira consulta, se sua avaliação audiológica não estiver dentro do prazo de validade (de 6 meses a 1 ano), é realizada uma nova avaliação. Após os exames, se for identificada a necessidade de adaptação de próteses auditivas, serão efetuados os seguintes procedimentos:

a) Pré-moldagem
É realizada uma pré-moldagem (impressão) do seu ouvido. Este procedimento é indolor e rápido. A Audicare conta com uma tecnologia diferenciada e importada, garantindo a qualidade e precisão da pré-moldagem. Utilizamos bloqueadores com alívio de pressão, que proporcionam maior conforto e segurança do paciente.

b) Confecção do molde ou do aparelho intra-canal ou micro-canal
A partir da pré-moldagem, será confeccionado o molde para um aparelho retroauricular (que vai atrás da orelha), intra-canal ou micro-canal (dentro do meato acústico externo). Esta escolha irá depender das características da sua perda auditiva, do tamanho do seu meato acústico, destreza manual, características otológicas e estética.

c) Seleção da prótese auditiva
Dentro de várias marcas disponíveis no mercado, será selecionada a melhor para o seu caso. Serão feitos testes no consultório com equipamentos de última geração para analisar o desempenho da prótese auditiva de maneira personalizada. Todos os aparelhos testados tem procedência estrangeira.
Hoje em dia, existem algumas próteses auditivas que não necessitam de molde. Se para o seu caso, esse modelo de prótese for o indicado, a etapa A e B (pré-moldagem e confecção do molde) não serão necessárias. A testagem será imediata. São os casos de adaptação aberta para quem tem perdas auditivas, cuja característica principal é ter as células que respondem para as freqüências graves (som grosso) preservadas e, para as agudas (som fino) lesadas.

d) Tempo de testagem da prótese auditiva
Isto irá depender de quantos aparelhos serão testados. Em média, o período de testagem é de 3 semanas, podendo ser mais longo, variando conforme o caso. O paciente fará retornos semanais durante este período de testagem.

e) Experiência domiciliar
Durante o período de testagem, os aparelhos serão emprestados para o paciente para testá-lo no seu próprio ambiente. Isto não significa que o paciente terá que comprar o aparelho, é apenas um período de testagem.

f) Orientação ao paciente e familiares
São feitas orientações quanto ao uso da prótese auditiva, manuseio, manutenção e estratégias de comunicação durante o período de adaptação, bem como posteriormente a aquisição da mesma, quando o paciente tiver a necessidade de ajustes finos.

g) Reabilitação audiológica
Serão avaliados quem serão os candidatos ao programa de reabilitação audiológica que envolve aspectos psicossociais, treinamento de leitura orofacial e treinamento auditivo formal e musical.

h) Acompanhamentos e retornos
O paciente terá suporte fonoaudiológico durante todo o tempo de testagem. Mesmo após o término da seleção da prótese auditiva, o paciente fará retornos, a serem combinados com a fonoaudióloga, para checagem das regulagens e manutenção das próteses auditivas.

i) Aquisição da prótese auditiva
O paciente somente irá comprar a prótese após este período de testagem, onde juntos iremos selecionar qual obteve melhores resultados para o caso.

A indicação é sempre binaural, exceto quando existir algum impedimento otológico para a adaptação do aparelho nas duas orelhas, ou não houver adaptação pelo usuário. Vantagens de adaptação binaural:
• Melhor compreensão de fala
• Melhor localização da fonte sonora, mantendo uma audição mais equilibrada e natural
• Melhor entendimento da fala na presença de ruído
• Estimulação sensorial bilateral
• Menor esforço para ouvir

A prótese auditiva possui três componentes básicos: microfone, amplificador e receptor. Dentro de cada prótese, o microfone capta as ondas sonoras do ar e as converte em sinais elétricos. Estes sinais são aumentados pelo amplificador e trabalhados digitalmente. Em seguida, o receptor os converte em ondas sonoras novamente e, finalmente, tais ondas são direcionadas para dentro do ouvido. Os modelos atuais possuem excelente qualidade sonora e são programados digitalmente por computador.

Há cinco tipos de próteses auditivas no mercado: Retroauricular (que fica atrás do ouvido); Miniretroaudricular com tubo fino (também vai atrás do ouvido, mas é menor que o retroauricular, pois o receptor fica dentro do conduto auditivo); intracanal (fica dentro do ouvido), microcanal (usado no conduto auditivo, mais discreto que o intracanal) e completamente dentro do canal (totalmente invisível).